Postagens populares

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Câncer provável cura se Deus quiser!!!!!!!!!!!


Novo tratamento apresenta bons resultados contra o câncer de mama

Segundo os médicos, o medicamento injetável atua como se fosse uma vacina, agindo, diretamente, nas células doentes, sem maltratar todo o organismo. Com isso, os efeitos colaterais não são tão fortes quanto os da quimioterapia tradicional.

Na última reportagem especial da série sobre o câncer de mama, Lília Teles mostra um tratamento novo que tem apresentado bons resultados e o fim da peregrinação de uma cidadã para fazer a mamografia.
Dona Sônia entra no centro cirúrgico ansiosa. “Estou um pouco nervosa, mas vou ficar bem”, ela diz.
Dona Sônia é uma das pacientes beneficiadas por um serviço inédito no Brasil que funciona em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. Na mesma cirurgia, ela vai retirar as duas mamas e fazer a reconstrução dos seios, sem esperar muito tempo e sem pagar nada pelas próteses de silicone. Isso graças ao banco de próteses, mantido por doações para ajudar as mulheres da região no tratamento do câncer de mama.
A cirurgia é longa. Mas muito comum em um hospital da rede pública gaúcha. O banco de próteses foi criado em 2007 e é mantido por doações de comerciantes, moradores e empresários. O dinheiro é depositado em um fundo municipal.
Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia, não há contraindicação para a aplicação de silicone imediatamente após a retirada da mama.
“O câncer por si só já é uma doença que lembra a morte. Perder uma mama para uma mulher, independente da idade, é um fato que piora ainda mais o seu aspecto de pessoa. E assim, não é preciso que a pessoa fique mais doente para que consiga se curar. Ela pode fazer seu tratamento em plena forma física”, explica o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, José Luiz Pedrini.
A mutilação é um dos grandes traumas provocados pelo câncer de mama. O tamanho e a agressividade do tumor é que vão determinar o tipo de operação. Podem ser retirados uma pequena parte da mama, o seio inteiro ou as duas mamas; e ainda as glândulas da axila.
Uma lei federal de 1999 garante às pacientes que sofreram mutilação direito à cirurgia plástica reparadora da mama.
“Infelizmente, 12 anos passados, nem todos os serviços oferecem isso às mulheres. Para conseguir silicone pelo SUS, às vezes, é a vida inteira”, diz José Luiz Pedrini.
Mas enquanto os atrasos complicam a vida de pacientes, os avanços na pesquisa vão garantindo esperança a muitas mulheres.
A psicóloga Ana Luiza passou por duas cirurgias, várias sessões de quimioterapia, mas a doença não cedeu. Agora, ela é voluntária em um tratamento com um novo remédio.
O T-DM1, que está em estudo em várias partes do mundo, está sendo testado em um hospital público de Porto Alegre, em mulheres que têm tumores mais agressivos.
Segundo os médicos, o medicamento injetável atua como se fosse uma vacina, agindo, diretamente, nas células doentes, sem maltratar todo o organismo. Com isso, os efeitos colaterais provocados pelo T-DM1 não são tão fortes quanto os da quimioterapia tradicional, como enjoo e queda de cabelo. E o mais importante: tem conseguido diminuir as lesões e controlar a doença.
“O resultado já é visível a partir da primeira aplicação. Eu costumo dizer assim: antes eu tinha uma luzinha no fim do túnel, a partir dessa medicação, eu tenho um holofote”, diz Ana Luiza.
A luta de brasileiras mostrada ao longo desta semana é sinal de que o combate ao câncer de mama no Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer. Começando pelas informações sobre o que acontece com cada mulher que busca atendimento.
Foi para isso que o Sismama, Sistema de Informação do Câncer de Mama, foi implantado pelo governo, em 2009. Mas o serviço ainda é falho, porque muitos municípios não repassam os dados para o cadastro. Agora, o Ministério da Saúde vai exigir essas informações. A prefeitura que não passar vai ficar sem o dinheiro das mamografias.
“Exatamente por perceber que ele não funcionava que nós fizemos essa mudança. Nós queremos saber a informação sobre o tempo que foi feito o exame, o tempo do diagnóstico, da confirmação do diagnóstico e quando começou o tratamento. Então essa mudança nós também exigimos e fizemos agora no Sismama”, explica o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Mesmo com tantas dificuldades, os esforços de muitos vão mostrando que a luta traz bons resultados.
Na volta a São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, a equipe de reportagem encontrou uma Dona Sônia sorridente e bem disposta. Ela já faz as atividades em casa, se exercita com caminhadas e até ajuda a filha na loja da família.
Dona Sônia diz que os dois seios reconstruídos ajudaram na recuperação. “Quando eu descobri a doença, minha filha estava grávida. Eu pensava: ‘Não consegui nem ver meu neto nascer’. E ele já completou 1 ano. Então, já um ano que eu tenho de vitória”, ela comemora.
Como cada personagem tem sua luta particular, Dona Márcia finalmente conseguiu fazer a mamografia. Ela é a cabeleireira que nós mostramos nas duas primeiras reportagens desta série peregrinando por postos de saúde do Rio de Janeiro atrás de uma requisição para o exame.
Mas, cansada de esperar pelo SUS, ela procurou uma clínica particular, depois de receber ajuda financeira de um grupo de pessoas. “Me emocionei muito. Eu achei que eu não ia conseguir fazer isso nunca”, ela conta.
O resultado? “Deu negativo. Não é um tumor. Graças ao bom Jesus”.
Márcia sabe que, aos 41 anos, a prevenção está só começando. “Que esse caminho não seja tão doloroso, tão complicado, tão difícil, como foi comigo. Como você vai tratar algo precoce se você não consegue nem fazer o exame?”, conclui.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário