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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Células Tronco


    Cientistas temem que pesquisas médicas criem macacos falantes 25 de julho de 2011 • 04h59 • atualizado às 08h44

A Academia de Ciências Médicas da Grã-Bretanha está pedindo ao governo que estipule regras mais estritas paras as pesquisas médicas envolvendo animais. O grupo teme que experimentos envolvendo transplante de células acabem criando anomalias, como macacos com a capacidade de pensar e falar como os humanos.
O alerta ressalta o debate da questão dos limites da pesquisa científica. Um dos autores do relatório, o professor Christopher Shaw, do King's College de Londres, diz que tais estudos "são extraordinariamente importantes".
A academia ressalta ainda que não é contrária a experimentos que envolvam, por exemplo, o implante de células e tecidos humanos em animais. Estudos atuais, por exemplo, transplantam células cancerígenas em ratos a fim de testar novas drogas contra o avanço da doença.
A academia defende, no entanto, que com o avanço das técnicas estão surgindo novos temas que precisam ser urgentemente regulados.
Avanço
Os avanços científicos atuais já permitem a criação de ratos com lesões similares às causadas por um derrame cerebral, para que sejam depois injetadas células tronco humanas, a fim de corrigir os danos. Outro estudo com implante de um cromossomo humano no genoma de ratos com síndrome de Down também foi essencial para a compreensão da doença.
Apesar de a maioria dos experimentos ser feita com ratos, os cientistas estão particularmente preocupados com os testes em macacos. Na Grã-Bretanha são proibidas as investigações com macacos de grande porte como gorilas, chipanzés e orangotango. Em outros países, como os Estados Unidos, são liberadas.
"O que tememos é que se comece a introduzir um grande número de células cerebrais humanas no cérebro de primatas e que isso, de repente, faça com os que os primatas adquiram algumas das capacidades que se consideram exclusivamente humanas, como a linguagem", diz o professor Thomas Baldwin, outro membro da academia.
"Estas são possibilidades muito exploradas na ficção, mas precisamos começar a pensar nelas", diz.
Áreas "delicadas"
O relatório indica três áreas particulamente "delicadas" na pesquisa com animais: a cognitiva, a de reprodução e a criação de características visuais que se percebam como humanas.
"Uma questão fundamental é se o fato de povoar o cérebro de um animal com células humanas pode resultar em um animal com capacidade cognitiva humana, a consciência, por exemplo", diz o relatório.
O professor Martin Bobrow, principal autor do relatório, sugere o que chama de "prova do grande símio": se um macaco que recebeu material genético humano começa a adquirir capacidades similares a de um chimpanzé, é hora de frear os experimentos.
Na área de reprodução, recomenda-se que embriões animais produzidos a partir de óvulos ou esperma humano não se desenvolvam além de um período de 14 dias.
O campo mais polêmico é o de animais com características "singularmente humanas", os experimentos que o relatório chama de "tipo Frankestein, com animais humanizados". Segundo o relatório, "criar características como a linguagem ou a aparência humana nos amimais, como forma facial ou a textura da pele, levanta questões éticas muito fortes". 

quarta-feira, 27 de julho de 2011

A verdadeira busca


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A BUSCA

Longamente peregrinei através de muitas vidas por muitas terras, entre muitos povos em busca da meta que não conhecia.
Carreguei o pesado fardo de muitas posses, das riquezas do mundo, dos confortos que fazem a estagnação.
Prostrei-me ante os altares dos santuários que encontrei à margem da estrada e os deuses me recusaram a meta que pretendia.
E na magia das palavras e na embriaguez do incenso permaneci abrigado nas sombras entre as paredes do templo.
Criei filosofias e credos, complicadas teorias de vida.
Entranhei-me das criações intelectuais do homem com elas me engrandeci em arrogância.
E, tão súbito quanto a tempestade desaba, vi-me nu, esmagado pela agonia de coisas transitórias.
E como as terras do deserto sem sombras assim se tornou minha vida.
Vi e me ouvi eremita.
Livra-te do veneno do preconceito que corrompe tua verdade porque és imenso em teus preconceitos, tanto velhos quanto novos.
Livra-te da estreiteza de tuas tradições, convenções, hábitos, sentimentos de posse.
Como o homem que não tem ouvidos, és surdo
para a música melodiosa.
Como o homem que não tem olhos, és cego para o esplendor do crepúsculo.
Como o mergulhador que desce ao fundo do mar arriscando a vida pelo gozo transitório, deves tu também penetrar fundo em ti mesmo.
Como o audaz alpinista que conquista os altos cumes, deves tu também ascender àquela altura vertiginosa, de onde todas as coisas são vistas em suas verdadeiras proporções.
Como o lótus que, rompendo o lodo, ao céu se eleva deves tu também arredar todas as coisas transitórias se queres descobrir tua força oculta para enfrentar as vicissitudes do mundo.
Como a rápida corrente conhece sua nascente, deves tu também conhecer teu próprio ser.
Como a trilha tortuosa da montanha, descortina a cada instante vistas novas, assim também em ti há uma revelação constante a cada experiência de encontro.
Como o mar encerra uma multidão de seres vivos, em ti fazem ocultos segredos de todos os mundos.
Como a flor que desabrocha à branda luz do sol, deves tu te abrir, se te queres conhecer.
Perscruta tuas próprias profundezas com os olhos límpidos se queres perceber todas as coisas.
Como o lago tranqüilo que reflete o céu, assim deverão os homens e as coisas em ti se refletir.
E como o rio misterioso que no largo mar se lança adentro me lancei no mar da libertação.


(Krishnamurti)

domingo, 10 de julho de 2011

O poder dos médiuns


O poder dos médiuns

Matéria de capa revista  Isto É – outubro 2008
por Suzane Frutuoso fotos Murillo Constantino
Como a ciência justifica as manifestações de contato com espíritos e por que algumas pessoas desenvolvem o dom.
O poder dos médiuns
O espiritismo é seguido por 30 milhões de pessoas no mundo. O Brasil é a maior nação espírita do planeta. São 20 milhões de adeptos e simpatizantes, segundo a Federação Espírita Brasileira – no último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 2,3 milhões declararam seguir os preceitos do francês Allan Kardec, o fundador da doutrina. A mediunidade, popularizada pelas psicografias de Chico Xavier, em Uberaba (MG), ganhou visibilidade nos últimos anos na mesma proporção em que cresceu o espiritismo. Mas nada se compara ao poder da mídia atual, que permite debater os ensinamentos da religião por meio de livros, programas de tevê e rádio. Os romances com temática espiritualista de Zíbia Gasparetto, por exemplo, são presença constante nas listas de mais vendidos.
Embora não haja estatísticas de quantos entre os praticantes são médiuns, o que se observa é uma quantidade maior de pessoas que afirmam possuir o dom. O interesse pela religião fundamentada por Kardec (por isso também chamada de kardecismo) é confirmado pelo recorde de público do filme Bezerra de Menezes – o diário de um espírito, do cineasta Glauber Filho: 250 mil espectadores, desde o lançamento nos cinemas, em 29 de agosto. Um número alto para uma produção nacional. O longa, com o ator Carlos Vereza (também praticante do espiritismo) no papel-título, conta a história do cearense que ficou conhecido como “médico dos pobres”, se tornou ícone da doutrina e orienta médiuns em centenas de centros a se dedicar ao bem e à caridade.
PSICOGRAFIA Instrumento por meio dos livros
A psicóloga Marilusa Vasconcelos, 65 anos, de São Paulo, é conhecida no espii65610 ritismo pela sua vasta literatura psicografada. Em 40 anos de dedicação à mediunidade, publicou 61 livros. Seu orientador é o espírito do poeta Tomás Antonio Gonzaga, que participou da Inconfidência Mineira. A dedicação à psicografia levou Marilusa a fundar em 1985 a Editora Espírita Radhu, sigla para renúncia, abnegação, desprendimento e humildade, a base dos ensinamentos na doutrina. Ela reúne outros dons, como ouvir, falar e enxergar espíritos e ser instrumento deles na pintura mediúnica. “Os vários tipos surgiram desde a infância”, conta Marilusa, que nasceu numa família espírita. “O controle da mediunidade é indispensável. O médium não é joguete do espírito. Eles interagem, num acordo mútuo de tarefa.”
Os espíritas dizem que todas as pessoas têm algum grau de mediunidade. Qualquer um seria capaz de emitir pensamentos em forma de ondas eletromagnéticas que chegariam a outros planos. O que torna algumas pessoas especiais, segundo os praticantes, a ponto de se transformarem em canais de comunicação com os mortos, é uma missão – designada antes mesmo de nascerem, determinada por ações em vidas anteriores e que tem na caridade o objetivo final. “É uma tarefa em favor da evolução de si mesmo e da ajuda ao próximo”, diz Julia Nesu, diretora do departamento de doutrina da União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo. Fenômenos relacionados a pessoas que falavam com mortos e envolvendo objetos que se mexiam são relatados desde o século XVII, tanto na Europa quanto nas Américas, mas hoje cientistas tentam compreender o fenômeno. Algumas linhas de pesquisa mostram que o cérebro dos médiuns é diferente dos demais.
São cinco os meios de expressão da mediunidade. A psicografia, que consagrou Chico Xavier, é a mais conhecida. Nela, o médium escreve mensagens e histórias que recebe de espíritos. Estaria sob o controle deles o que as mãos transcrevem. A vidência permite enxergar os mortos que não conseguiram se desvencilhar da Terra ao não aceitarem a morte ou que aparecem para enviar recados a entes queridos. Na psicofonia, o sensitivo é capaz de ouvir e reproduzir o que os espíritos dizem e pedem. A psicopictografia, ou pintura mediúnica, permite ao médium ser instrumento de artistas desencarnados (termo usado pela doutrina para designar mortos). A mediunidade da cura é responsável pelas chamadas cirurgias espirituais. Não é incomum um mesmo indivíduo reunir mais de um tipo de dom.
VIDÊNCIA Ver e auxiliar aqueles que estão em outro plano
Aos cinco anos, o chefe de faturamento hospitalar Ivanildo Protázio, dei65611 São Paulo, 49 anos, pegava no sono com o carinho nos cabelos que uma senhora lhe fazia todas as noites. Descobriu tempos depois que era a avó, morta anos antes. Aos 19 anos, os espíritos já se materializavam para ele. “Nunca tive medo. Sempre me pareceu natural.” A mãe, que trabalhava na Federação Espírita, o encaminhou para as aulas em que aprenderia a lidar com o dom. Hoje, Protázio é professor de educação mediúnica. Essa é uma parte da sua missão. A outra é orientar os espíritos que lhe pedem auxílio para entender o que aconteceu com eles. A oração é o remédio. “Os espíritos superiores me ensinaram a importância da caridade para nossa própria evolução.”
A reportagem de ISTOÉ presenciou uma manifestação mediúnica em Indaiatuba, interior de São Paulo. O tom de voz baixo e os gestos delicados de Solange Giro, 46 anos, sugeriam que ela carrega certa timidez ao expor a própria vida numa conversa com um estranho.
Cerca de duas horas depois, porém, é difícil acreditar no que os olhos vêem. Diante de uma tela em branco, sobre uma mesa improvisada com dezenas de tubos de tinta, a mulher começa a pintar um quadro na seqüência de outro. O tempo gasto em cada um não passa de nove minutos. As obras são coloridas e harmoniosas. “Nunca fiz aula de artes. Mal conseguia ajudar meus filhos com os desenhos da escola”, diz, minutos antes da apresentação. A discreta Solange dá lugar a uma pessoa que fala alto, canta e encara os interlocutores nos olhos, com ar desafiador. A assinatura nas telas não leva seu nome, mas de artistas famosos – e já mortos –, como Monet, Mondrian e Tarsila do Amaral. Seria uma interpretação digna de uma atriz? Talvez.
O que difere o momento de uma encenação é subjetivo e dá margem a dezenas de explicações – convincentes ou não. Talvez seja possível encontrar respostas no que a artista diz a cada uma das pessoas da platéia presenteadas com um dos dez quadros produzidos na noite. Enquanto entregava a obra, ela desferia características e situações de vida de cada um absolutamente desconhecidas dela. O mentor que a guia é o médico holandês Ernst, que viveu no século XVII. A sensitiva garante que era ele, não ela, quem estava presente na pintura dos quadros.
Nem sempre é fácil aceitar a mediunidade, que pode causar medo quando começa a se manifestar. “Ainda hoje não gosto quando vejo o possível desencarne de alguém. Nestas horas, preferia não saber”, conta a psicóloga Marilusa Moreira Vasconcelos, 65 anos, de São Paulo, que psicografa. O médium de cura Wagner Fiengo, analista fiscal paulistano, 37 anos, chegou a se afastar da doutrina. “Aos 13 anos não entendia por que presenciava aquilo.” Para manter a sanidade e o equilíbrio, as pessoas que possuem dons e querem fazer parte da religião espírita precisam se dedicar à educação mediúnica. O curso leva cinco anos. Inclui os ensinamentos que Allan Kardec compilou no Livro dos espíritos – a obra que deu base ao entendimento da doutrina – e no Livro dos médiuns – que explica quais são os tipos de mediunidade, como eles se manifestam e os cuidados a serem tomados. Entre eles, o combate a falhas de comportamento, como vaidade, orgulho e egoísmo. O espiritismo prega que as imperfeições da personalidade atraem espíritos com a mesma vibração. “O pensamento é tudo. Aqueles que pensam positivo atrairão o que é semelhante. O mesmo acontece com o pensamento negativo e os vícios. Quem gosta de beber, por exemplo, chama a companhia de espíritos alcoólatras”, afirma o professor de educação mediúnica Ivanildo Protázio, 49 anos, de São Paulo, que tem o dom da vidência.
PSICOFONIA Falar o que os espíritos querem dizer
A intuição do servidor público Geraldo Campetti, 42 anos, de Brasília, começi65612 ou na infância. Ele tinha percepções inexplicáveis, das quais mais ninguém se dava conta. Era como se absorvesse sentimentos que não eram seus. Apenas identificava que existia algo além do que seus olhos enxergavam. Até que as sensações começaram a tomar forma. Campetti passou a ouvir súplicas de ajuda. De espíritos, inconformados com a morte. Aos 29 anos, não se assustou. De família kardecista, conhecia a mediunidade. “Mas sabia que precisava estudar para manter o equilíbrio”, diz. Hoje diretor da Federação Espírita Brasileira, afirma ter controle sobre o dom de ouvir e transmitir recados dos mortos. Eventualmente, um espírito pede uma mensagem à pessoa com quem ele conversa. “Isso é espontâneo, não da minha vontade.”
Imaginar que convivemos no cotidiano com pessoas que estão mortas vai além da compreensão sobre a vida – pelo menos para quem não acredita em reencarnação. Mas até na ciência já existem aqueles que conseguem casar racionalidade com dons espirituais. Esses especialistas afirmam que a mediunidade é um fenômeno natural, não sobrenatural. E que o mérito de Allan Kardec foi explicar de maneira didática o que sempre esteve presente – e registrado – desde a criação do mundo em todas as religiões. O que seria, dizem os defensores da doutrina, a anunciação do Anjo Gabriel a Maria, mãe de Jesus, se não um espírito se comunicando com uma sensitiva?
Apesar desse contato constante, os mortos, ou desencarnados, como preferem os espíritas, não aparecem em “carne e osso”. A ligação com o mundo dos vivos seria possível graças ao perispírito, explica Geraldo Campetti, diretor da Federação Espírita Brasileira. “Ele é o intermediário entre o corpo e o espírito. A polpa da fruta que fica entre a casca e o caroço.” O perispírito seria formado por substâncias químicas ainda desconhecidas pelos pesquisadores terrenos, garantem os adeptos do espiritismo. “É a condensação do que Kardec batizou como fluido cósmico universal”, afirma o neurocirurgião Nubor Orlando Facure, diretor do Instituto do Cérebro de Campinas. Nas quatro décadas em que estuda a manifestação da mediunidade no cérebro, Facure mapeou áreas cerebrais que seriam ativadas pelo fluido.
CURA Cirurgias sem dor nem sangue
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O primeiro espírito a se materializar para o analista fiscal Wagner Fiengo, 37 anos, de São Paulo, foi de um primo. Ele tinha dez anos, teve medo e se afastou. Mas, na juventude, um tio, seguidor da doutrina, avisou que era hora de ele se preparar para a missão que lhe fora reservada. Por meio da psicografia, seu guia espiritual, o médico Ângelo, informou que teriam um compromisso: curar pessoas. Ele não foi adiante. Uma pancreatite surgiu sem que os médicos diagnosticassem os motivos. Há quatro anos, seu guia explicou que as doenças eram ajustes a erros que Fiengo havia cometido numa vida passada. A missão era a forma de equilibrar a saúde e a alma. Em 2004, iniciou as cirurgias espirituais. Ele diz que não é uma substituição ao tratamento convencional. “É um auxílio na cura de fatores emocionais e físicos.”
Comprovar cientificamente a mediunidade também é objetivo do psiquiatra Sérgio Felipe Oliveira, professor de medicina e espiritualidade da Faculdade de Medicina da USP e membro da Associação Médica-Espírita de São Paulo. Com exames de tomografia, ele analisou a glândula pineal (uma parte do cérebro do tamanho de um feijão) de cerca de mil pessoas. “Os testes mostraram que aqueles com facilidade para manifestar a psicografia e a psicofonia apresentam uma quantidade maior do mineral cristal de apatita na pineal”, afirma Oliveira. Ele também atende, no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, casos de pacientes de doenças como dores crônicas e epilepsia que receberam todos os tipos de tratamento, não tiveram melhora e relatam experiências ligadas à mediunidade. “Somamos aos cuidados convencionais, como o remédio e a psicoterapia, a espiritualidade, que vai desde criar o hábito de orar até a meditação. E os resultados têm sido positivos.” Uma pesquisa de especialistas da USP e da Universidade Federal de Juiz de Fora, publicada em maio no periódico The Journal of Nervous and Mental Disease, comparou médiuns brasileiros com pacientes americanos de transtorno de múltiplas personalidades (caracterizado por alucinações e comportamento duplo). Eles concluíram que os médiuns apresentam prevalências inferiores de distúrbios mentais, do uso de antipsicóticos e melhor interação social.
A maior parte dos cientistas acredita que a mediunidade nada mais é do que a manifestação de circuitos cerebrais. Alguns já seriam explicáveis, como os estados de transe. Pesquisas da Universidade de Montreal, no Canadá, e da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, comprovaram que, durante a oração de freiras e monges católicos, a área do cérebro relacionada à orientação corporal é quase toda desativada, o que justificaria a sensação de desligamento do corpo. Os testes usaram imagens de ressonâncias magnéticas e tomografias feitas no momento do transe.
A teoria seria aplicável ao transe mediúnico, quando o médium diz incorporar o espírito e não se lembra do que aconteceu. Pesquisadores da Universidade de Southampton, na Inglaterra, estudaram pessoas que estiveram entre a vida e a morte e relataram se ver fora do próprio corpo durante uma operação ou entrando em contato com pessoas mortas. Os estudiosos concluíram se tratar de um fenômeno fisiológico produzido pela privação de oxigênio no cérebro. Trabalhando sob stress, o órgão seria também inundado de substâncias alucinógenas. As imagens criadas pela mente seriam apenas a retomada de percepções do cotidiano guardadas no inconsciente.
PSICOPICTOGRAFIA Milhares de quadros pintados
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Criada numa família católica, Solange Giro, 46 anos, de Parapuã, interior de São Paulo, teve o primeiro contato com o espiritismo aos 20 anos, ao conhecer o marido. Ele, que perdera uma noiva, buscava o entendimento da morte. Já casada e com dois filhos, passou a sofrer de depressão. Encontrou alívio na desobsessão (trabalho que libertaria a pessoa de um espírito que a domina). A mediunidade dava os primeiros sinais. Logo passou a ouvir e ver espíritos. O dom da psicografia veio em seguida. Era um treino para ser iniciada na pintura mediúnica. “Pintei cinco mil quadros no primeiro ano. Estão guardados. Não tive autorização para mostrálos”, conta Solange, que diz nunca ter estudado artes. Nos últimos 13 anos, ela recebeu aval de seu mentor para vender os quadros. O dinheiro é revertido para a caridade.
O psiquiatra Sérgio Felipe Oliveira rebate a incredulidade. “Se uma pessoa está em cirurgia numa sala e consegue descrever em detalhes o que ocorreu em um ambiente do outro lado da parede, é possível ser apenas uma sensação?” Essa é uma pergunta que nenhuma das frentes de pesquisa se arrisca – ou consegue – a responder com exatidão. Da mesma maneira que todos os presentes à sessão de pintura em Indaiatuba saíram atônicos, sem conseguir explicar como alguém que conheceram numa noite foi capaz de decifrar suas angústias mais inconfessáveis.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Câncer provável cura se Deus quiser!!!!!!!!!!!


Novo tratamento apresenta bons resultados contra o câncer de mama

Segundo os médicos, o medicamento injetável atua como se fosse uma vacina, agindo, diretamente, nas células doentes, sem maltratar todo o organismo. Com isso, os efeitos colaterais não são tão fortes quanto os da quimioterapia tradicional.

Na última reportagem especial da série sobre o câncer de mama, Lília Teles mostra um tratamento novo que tem apresentado bons resultados e o fim da peregrinação de uma cidadã para fazer a mamografia.
Dona Sônia entra no centro cirúrgico ansiosa. “Estou um pouco nervosa, mas vou ficar bem”, ela diz.
Dona Sônia é uma das pacientes beneficiadas por um serviço inédito no Brasil que funciona em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. Na mesma cirurgia, ela vai retirar as duas mamas e fazer a reconstrução dos seios, sem esperar muito tempo e sem pagar nada pelas próteses de silicone. Isso graças ao banco de próteses, mantido por doações para ajudar as mulheres da região no tratamento do câncer de mama.
A cirurgia é longa. Mas muito comum em um hospital da rede pública gaúcha. O banco de próteses foi criado em 2007 e é mantido por doações de comerciantes, moradores e empresários. O dinheiro é depositado em um fundo municipal.
Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia, não há contraindicação para a aplicação de silicone imediatamente após a retirada da mama.
“O câncer por si só já é uma doença que lembra a morte. Perder uma mama para uma mulher, independente da idade, é um fato que piora ainda mais o seu aspecto de pessoa. E assim, não é preciso que a pessoa fique mais doente para que consiga se curar. Ela pode fazer seu tratamento em plena forma física”, explica o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, José Luiz Pedrini.
A mutilação é um dos grandes traumas provocados pelo câncer de mama. O tamanho e a agressividade do tumor é que vão determinar o tipo de operação. Podem ser retirados uma pequena parte da mama, o seio inteiro ou as duas mamas; e ainda as glândulas da axila.
Uma lei federal de 1999 garante às pacientes que sofreram mutilação direito à cirurgia plástica reparadora da mama.
“Infelizmente, 12 anos passados, nem todos os serviços oferecem isso às mulheres. Para conseguir silicone pelo SUS, às vezes, é a vida inteira”, diz José Luiz Pedrini.
Mas enquanto os atrasos complicam a vida de pacientes, os avanços na pesquisa vão garantindo esperança a muitas mulheres.
A psicóloga Ana Luiza passou por duas cirurgias, várias sessões de quimioterapia, mas a doença não cedeu. Agora, ela é voluntária em um tratamento com um novo remédio.
O T-DM1, que está em estudo em várias partes do mundo, está sendo testado em um hospital público de Porto Alegre, em mulheres que têm tumores mais agressivos.
Segundo os médicos, o medicamento injetável atua como se fosse uma vacina, agindo, diretamente, nas células doentes, sem maltratar todo o organismo. Com isso, os efeitos colaterais provocados pelo T-DM1 não são tão fortes quanto os da quimioterapia tradicional, como enjoo e queda de cabelo. E o mais importante: tem conseguido diminuir as lesões e controlar a doença.
“O resultado já é visível a partir da primeira aplicação. Eu costumo dizer assim: antes eu tinha uma luzinha no fim do túnel, a partir dessa medicação, eu tenho um holofote”, diz Ana Luiza.
A luta de brasileiras mostrada ao longo desta semana é sinal de que o combate ao câncer de mama no Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer. Começando pelas informações sobre o que acontece com cada mulher que busca atendimento.
Foi para isso que o Sismama, Sistema de Informação do Câncer de Mama, foi implantado pelo governo, em 2009. Mas o serviço ainda é falho, porque muitos municípios não repassam os dados para o cadastro. Agora, o Ministério da Saúde vai exigir essas informações. A prefeitura que não passar vai ficar sem o dinheiro das mamografias.
“Exatamente por perceber que ele não funcionava que nós fizemos essa mudança. Nós queremos saber a informação sobre o tempo que foi feito o exame, o tempo do diagnóstico, da confirmação do diagnóstico e quando começou o tratamento. Então essa mudança nós também exigimos e fizemos agora no Sismama”, explica o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Mesmo com tantas dificuldades, os esforços de muitos vão mostrando que a luta traz bons resultados.
Na volta a São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, a equipe de reportagem encontrou uma Dona Sônia sorridente e bem disposta. Ela já faz as atividades em casa, se exercita com caminhadas e até ajuda a filha na loja da família.
Dona Sônia diz que os dois seios reconstruídos ajudaram na recuperação. “Quando eu descobri a doença, minha filha estava grávida. Eu pensava: ‘Não consegui nem ver meu neto nascer’. E ele já completou 1 ano. Então, já um ano que eu tenho de vitória”, ela comemora.
Como cada personagem tem sua luta particular, Dona Márcia finalmente conseguiu fazer a mamografia. Ela é a cabeleireira que nós mostramos nas duas primeiras reportagens desta série peregrinando por postos de saúde do Rio de Janeiro atrás de uma requisição para o exame.
Mas, cansada de esperar pelo SUS, ela procurou uma clínica particular, depois de receber ajuda financeira de um grupo de pessoas. “Me emocionei muito. Eu achei que eu não ia conseguir fazer isso nunca”, ela conta.
O resultado? “Deu negativo. Não é um tumor. Graças ao bom Jesus”.
Márcia sabe que, aos 41 anos, a prevenção está só começando. “Que esse caminho não seja tão doloroso, tão complicado, tão difícil, como foi comigo. Como você vai tratar algo precoce se você não consegue nem fazer o exame?”, conclui.
 

domingo, 3 de julho de 2011

A energia Solar


O sol é uma fonte imensurável da vida, é um acúmulo energético do nosso sistema planetário, é a maior expressão física de Deus em favor dos espíritos que carecem dele.
A sua origem data de bilhões de anos que, para a eternidade, correspondem a frações de segundos. Ele é uma candeia divina sustentadora da vida na Terra. Sem a presença dos raios solares, pereceriam a vegetação, os animais e os homens e, certamente, as águas se tornariam gelos petrificados e a atmosfera iria se modificando, por faltar o oxigênio; não haveria chuvas, enfim, fugiria a vida estuante, que ocorre pelas bênçãos deste foco de luz, que o amor de Deus criou, para que pudéssemos viver.
A energia solar se encontra em todas as divisões das mínimas coisas, desde o átomo até as grandes árvores, desde o animal até aos homens, desde os oceanos até a totalidade da atmosfera.
Quando meditamos na grandeza do sol e no que ele significa para nós e para as coisas da Terra, a sensibilidade nos leva à analogia profunda e, por assim dizer, a uma humildade benéfica que se traduz em amor ao Criador. A profusão de energias positivas, oriundas do sol, atenua o magnetismo exundado do ambiente da Terra e desintegra grande parte de ondas mentais que, por invigilância, deu-se oportunidade de formar.
A luz é realmente benfeitora em todas as circunstâncias. Ela é como uma câmara fotográfica de alta sensibilidade, plasmando tudo que clareia e viajando para o cosmo infinito com todo o arquivo daquilo que presenciou. Os fotônios da luz do Astro-Rei viajam em todas as direções com a velocidade que lhes é peculiar. Eis aí a pressa de fazer o bem, onde quer que seja. Cada filete luminoso é uma mensagem de esperança ou diminuta partícula do amor universal de Deus para estabelecer a paz e a alegria.
Procurai, na hora das vossas orações, visualizar um sol saindo no horizonte, banhando todo o vosso corpo, e infiltrando em vós energias novas, como, também, em quem desejardes que seja beneficiado pelas vossas rogativas.
A auto-sugestão, para que isso se torne uma realidade, é muito interessante, porque isso é fé, é esperança, são idéias positivas de valores incontestáveis. Se não presenciastes ainda um nascer do sol em dias límpidos, fazei o favor de assistir ao maior espetáculo da Terra. E conversai com essa luz que vos olha, que vos entende, que vos beneficia. O sol é como um olho de Deus em favor da existência no planeta. Quando estais comendo uma fruta, sabeis quanto tem nela de sol? Quando estais bebendo um copo de água, já pensastes o quanto de energia solar ali está para vos beneficiar? Quando estais respirando, a gama solar está penetrando em vós. Ele ainda é pai e mãe dos planetas que nos cercam.

Qualquer um de nós pode ser um sol na vida de muitas pessoas. Depende de desentulharmos a mente, quebrarmos a casca que nos envolve, de egoísmo e presunção, de maldade e de orgulho, reconhecendo o Soberano Arquiteto do Universo como a fonte de vida universal. E passaremos a participar, positivamente, de todos os elementos da Terra, infiltrando energias superiores em todos os corações.
O sol, como centro energético de todo o nosso sistema, recebe, diretamente, fluidos imponderáveis de alta potencialidade espiritual das mãos luminosas dos engenheiros siderais junto ao Cristo. E como reator cósmico distribui, a nós outros, na cadência que lhe é própria. E a alma, quando se torna um Sol espiritual, sintoniza-se igualmente com grandes benfeitores do mundo maior, recebendo destes uma profusão de energias divinas, consubstanciando-as em fluidos eletromagnéticos, e redistribuindo-as para os sofredores, para todos os homens, animais e coisas que os cercam.
Já pensastes no valor da vossa disposição no bem? Antes de tomardes o vosso leito, para o devido descanso do corpo, limpai a vossa mente dos contrastes do mundo, colocai em vossos pensamentos a paz, nos vossos lábios um sorriso, e formulai uma pequena prece de agradecimento pela escola da Terra durante o dia, e ide para o além, lutar em outra dimensão, tranqüilo de terdes cumprido o vosso dever.
E no amanhecer, fazei o mesmo. Cantai por dentro, que alguém canta para vós por fora, e a vossa vida se tornará um sol para a vida.

Miramez

Uma das frases mais inteligentes que eu vi uma pessoa dizer certa vez foi que: O sol nasceria para todos,isso é bem verdade, porem o descanso era merecimento exclusivo daqueles que se embrenharam na labuta do dia sem nenhuma reclamação!

reflexões diversas